De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Venha bater aquele papo furado. Área típica para flood.
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Lady Carmilla DWFan
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De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Mensagem por Lady Carmilla DWFan »

Novos personagens e um novo arco muito próximo...

A difícil vida de uma mulher fácil
Seria outra noite muito agitada no Media Luna, um dos mais luxuosos e movimentados bordéis da zona nobre de Buenos Aires. Uma mulher claramente mais velha escovava o cabelo de outra mais nova. Ela tinha de estar pronta para aquela ocasião, afinal, tinha de provar que havia merecido ser promovida para o último andar. Era onde estavam os clientes que melhor pagavam e por consequência, eram mais exigentes.
Tessa se perguntava sobre porque Teresa Maldonado a havia promovido. Não se achava a mais bonita e muito menos a melhor. Fazia o melhor que podia para agradar aos clientes e deixá-los satisfeitos, mas, não achava que a dona do bordel a promoveria com tão pouco tempo de casa. A jovem tinha apenas um ano como “cortesã” no Media Luna quando o que geralmente ocorria era as meninas do bordel serem “subidas” ao terceiro andar com dezoito ou 24 meses de “trabalho”. Se bem que chamar aquilo de trabalho parecia, e na verdade era insulto para as ditas “pessoas de bem”. Constantemente a chamavam “mulher da vida” ou “mulher fácil”.
A jovem ali sendo arrumada era russa, mais precisamente siberiana. Na realidade chamava-se Tessarossa, mas para facilitar, os pais, falecidos quando completaram cinco anos de estadia na Argentina, chamavam-na Tessa. A despeito do que geralmente dizia-se das europeias, louras, “ojiazules” / “ojiverdes” e gélidas, a moça em questão tinha fartos e longos cabelos escuros e olhos cor de mel, dos mais incomuns. Além de ter mais corpo do que a maioria das garotas ali empregadas, muitas delas imigrantes ali chegadas por ocasião da crise em que o “Velho Mundo” constantemente se encontrava desde o fim da Primeira Grande Guerra.
- Você está muito quieta, menina. Nervosa? – Teresa percebeu o grande silêncio em que a jovem estava desde o começo da preparação.
- Por que me promoveu tão rápido? – perguntou ela fixando o olhar no espelho já que Teresa continuava penteando-a.
- Oras, por quê? Você é muito bonita e faz muito bem seu trabalho embora eu constantemente perceba que você se cobra demais. Constantemente ouço clientes dizendo desejar fazê-la, como dizem os “hermanos brasileños”, “teúda” e “manteúda” – respondeu a cafetina para depois colocar as mãos nos ombros dela: - Caso você esteja perguntando o significado dessas palavras estranhas de outro idioma, significa que eles te querem ocupando tão somente a cama deles. Ou como uma simples amante ou como uma “segunda esposa oficial”, só que sem papel de casamento, mas ambos com tudo que o dinheiro pode comprar e até mesmo filhos, mas apenas em último caso.
- Confesso que não sei o que dizer depois disso – Tessa ficou tão espantada que se pudesse, desmaiaria.
- É sinal de que você é popular com os clientes. Já até brigaram para ter você – riu Teresa quase descontroladamente enquanto a jovem ficava vermelha de vergonha. Recordou quando havia tido que dividir sua cama com dois homens. Ambos quase se mataram por ela no meio do salão na ocasião. Verdade que o dinheiro, joias e roupas caras eram vantagens impossíveis de ignorar, mas satisfazer dois quase ao mesmo tempo era algo incomum até mesmo para uma prostituta, ainda mais de luxo.
- Eu lembro. No entanto, eu não entendo porque a senhora nunca fala quem são os clientes do terceiro andar. O bordel já é muito bem frequentado por si só, então, porque todo esse mistério? – a jovem tinha uma curiosidade que às vezes deixava Maldonado à porta do desespero.
- Você entenderá quando acontecer – respondeu ela suspirando calmamente. Ela decididamente era muito teimosa, mas, Teresa não se importava, afinal, Tessa era popular demais para deixá-la se preocupar com possíveis defeitos da jovem.
A russa, por sua vez, enquanto Teresa prendia cuidadosamente seu cabelo com presilhas feitas de cristais brilhantes, lembrava-se de quando havia chegado ali pela primeira vez, indicada pela conhecida alcoviteira da vizinhança onde vivia até seus pais morrerem. A mulher, chamada Joaquina, havia lhe dito que sua beleza abriria portas se ela soubesse usá-la.
Ficou muito receosa com tal coisa, pois sonhava em ser uma vida normal, trabalhando para poder sustentar-se e quem sabe encontrar um bom homem que a faria feliz e lhe desse filhos. Entretanto, a morte repentina do pai e a doença grave da mãe, falecida logo em seguida, tinham-na feito reconsiderar seus planos embora tivesse primeiramente trabalhado como cozinheira em um restaurante. De lá havia saído porque o filho do dono constantemente a assediava, desejando levá-la para seus lençóis. Foi quando ela havia, após não conseguir encontrar trabalho, procurado o “Media Luna” oferecendo-se como empregada que fazia de tudo.
Tessa, inicialmente, havia pensado que a dona iria achincalhá-la. E até mesmo colocá-la para fora dizendo que ela não servia para o local. Acabou ela surpreendida por um enorme sorriso e doces palavras. Teresa disse que a jovem era bela demais para ser apenas “criadinha”. Razão pela qual a cafetina a colocou em um maravilhoso quarto quase dois cômodos de sua antiga casa, tendo até mesmo um banheiro particular. Além de presenteá-la com belíssimas roupas de finíssimos tecidos que ela nunca tinha visto nem mesmo em sonhos.
Por fim, uma das antigas meninas de Teresa Maldonado, Biela, promovida a “professora de novatas”, foi encarregada de ensinar Tessa a portar-se, vestir-se e comer como uma dama. A mulher surpreendeu-se com a cultura possuída pela jovem embora a mesma fosse pobre e de como ela conseguia falar vários idiomas sem hesitar. O que a jovem justificou dizendo do pai ter sido criado, e trabalhado, com um professor desde menino. Disse à patroa que decididamente a russa tinha grande futuro como cortesã. Se dependesse daquela beleza mais um fino trato devidamente ensinado, com certeza se tornaria muito popular entre os frequentadores.
A novidade, porém, não havia sido bem aceita por várias das moças do local que não queriam perder sua popularidade para uma novata. Achavam que a cafetina estava colocando expectativa demais em cima de alguém que tinha grande chance de fracassar embora a virgindade fosse um aspecto bastante valorizado. Já que, por um excelente preço, algum dos clientes teria o privilégio de iniciar a jovem no ofício.
A expectativa duvidosa da estreia da nova menina, apresentada ricamente vestida com um longo, decotado e chamativo vermelho e o longo cabelo preso em um penteado grego, superou-se de modo que nem mesmo a própria Teresa esperava. Os lances propostos haviam superado todos os valores que ela havia calculado incialmente. As garotas, que nada fizeram para sabotar a noite por medo das furiosas reações da cafetina, ficaram de queixos caídos sobre como aulas de etiqueta e vestimenta faziam milagres. Mesmo a russa sendo um “animal arisco” e sem classe quando ali chegara.
O nervosismo de Tessa de ter sua virgindade leiloada acabou substituído por estranha ansiedade por sua primeira noite ao finalmente estar com seu primeiro cliente. O mais alto lance fora dado por Valentín Gaytán, conhecido entre os frequentadores por sua incrível sorte nas cartas e sempre estar cercado das mais belas cortesãs. Tudo isso com o ganhado sendo secretário de uma velha senhora que o mimava de todos os modos possíveis sem pedir nada em troca. Maldonado sabia, porém, que quem bancava aquela vida de “bon vivant” era a vampira Rufina Cambaceres, velha conhecida sua. Em troca de muitos, e duvidosos, serviços.
A primeira vez com ele tinha sido doce e sensual, lembrou-se a jovem sorrindo. Desde então, ele frequentava sua cama. Gostava dos beijos, das carícias, do ato, de como ele a fazia sentir-se bem, de como conversavam quando ele precisava desabafar. Sabia do estranho segredo dele. Assustou-se incialmente, mas gostara de sentir como o pelo lupino e luzidio dele era macio embora as garras e presas a fizessem tremer. Os outros clientes, no entanto, não a faziam sentir-se bem como ele conseguia. Valentín era único nesse ponto. Não era de se admirar que as outras jovens o adorassem. Ele era fantástico em todos os aspectos.
Perguntou-se como seria o terceiro andar. Nada sabia sobre ele embora as moças lá de cima sempre frequentassem o salão do térreo para dançar ou jogar cartas com os clientes dali. Eles também ficavam curiosos sobre quem seriam os frequentadores, já que a dona do bordel nunca falava sobre. E as garotas menos ainda davam alguma pista, preferindo manter seus tentadores lábios selados. Algo estranho, contudo, havia em comum nelas: todas tinham seus pescoços escondidos por lenços elegantemente enrolados.
Foi quando Teresa disse: - Agora sim, Tessa. Está ainda mais bela e tentadora do que de costume. Seu primeiro cliente do 3º piso, seja quem for, ficará encantado.
- Antes de subir, preciso saber o que está escondido lá. E também, há algumas coisas que quero perguntar sobre a senhora. Sei o quanto detesta minha curiosidade, mas, você entende, não é? – a jovem balbuciava nervosamente, como se já suspeitasse de algo.
- Por acaso refere-se a quando um abusado quase tomou um vaso na cabeça? – Maldonado sabia que Tessa havia visto algo daquele dia em que um cliente havia passado do ponto.
- Vasos não voam sozinhos, minha senhora. Por acaso você é algum tipo de bruxa? – a russa tapou a boca logo de dizer, pois temia acabar ofendendo a mulher que a acolhera.
- Bem que Biela me disse de você ser curiosa e inteligente – respondeu a cafetina estalando os dedos, ao que a cor do vestido da cortesã mudou de verde brilhante para anil imediatamente.
- Meu Deus! Como?! – Tessa impressionou-se com o visto e perguntou com espanto: - Você aprendeu isso ou...?
- Todas as bruxas nascem com a magia no sangue e com o tempo aprendem todos os truques e poções que você possa imaginar. Imagino que agora você esteja imaginando sobre o terceiro andar ser bem mais estranho do que seus belos olhos de mel supõem – disse ela para depois sorrir marota: - E sim, eu sei sobre Valentín Gaytán. E não há problemas, gosto dele do mesmo jeito.
- Eu achei que... – a bela jovem se viu calada diante daquela situação e perguntou-se o que a esperava dali alguns minutos.
- Oras, Tessa, não há nada para se preocupar. Gaytán é mesmo um homem altamente desejável. Não é difícil entender que você gosta de dormir com ele. Eu mesma adoraria ter a honra, mas lobos gostam de carne fresca e jovem. Já não sou como antigamente – Teresa ria levemente enquanto indicava que a jovem se levantasse.
Tessa, já em pé tendo seu vestido devidamente ajeitado, imaginou Teresa sendo uma jovem cortesã muito linda e altamente cobiçada pelos mais ricos. Isso sem ela imaginar que sua patroa tivera antes uma complicada vida na Venezuela, sendo perseguida por grupos secretos cujo objetivo era exterminar bruxas e outros monstros. No ponto de vista deles uma ameaça à sociedade boa e ordeira que seguia a paz e os mandamentos de Deus.
A cafetina levou sua menina para o terceiro andar através de uma escada espiralada. Já no local, a jovem deparou-se com um andar muito parecido com o segundo, perguntando-se onde estariam as moças do local. Foi quando várias portas se abriram ao mesmo tempo. Revelaram-se homens, e até mulheres, dos mais variados tons de pele e físicos usando capas escuras. Estavam acompanhados por belas moças cujos pescoços apresentavam uma marca dupla. De repente, um estranho e absurdo choque de realidade colidiu com os olhos da russa: - Upierczi!
- Agora você entende por que não falo deste andar? – Maldonado parecia tranquila demais para quem estava levando Tessa, ao menos no ponto de vista desta, a um eminente risco de morte.
- Tem certeza de que... vou sobreviver a esta noite? – a russa quis chorar de medo, mas achou melhor manter-se intacta.
- Cuidarei de você quando for o momento. Agora engula seu medo e prove que você mereceu este privilégio – disse duramente a cafetina para em seguida dizer calmamente: - Sim, eu conheço um pouco de nomenclatura vampírica para saber que você falou o nome “vampiro” em russo, só que no plural.
Tessa nada mais disse, percebendo que a única opção seria confiar cegamente na cafetina. A porta entreaberta próxima ao fim do corredor, onde uma janela exibia a noite lá fora, deixava a imaginação agora fértil da cortesã ir mais longe que o permitido. Ao adentrar o recinto, no entanto, viu o futuro cliente de costas para a porta, sendo possível ver apenas a capa negra que cobria o corpo, que à primeira vista parecia grande e forte.
- Nos deixe a sós, senhora Maldonado – a voz era claramente masculina e parecia muito familiar para Tessa, mas absurdamente conhecida para Teresa, que se afastou de um pulo: - Não pode ser.
- Mestre Janus explicará tudo quando for o momento – disse ele no mesmo tom calmo ao que a cafetina disse: - Espero que esse momento venha logo, pois, na situação em que você estava não havia como... É melhor eu consultar a Dolores, ela certamente saberá me dizer que tipo de truques aquele careca barbicha de bode usou com você. De todas as pessoas...
A dona do Media Luna saiu do quarto, deixando Tessa com o coração aos pulos, pois ela não sabia sequer como falar com ele. Acabou por fazer a primeira coisa que a educação pedia: - Boa noite, senhor. Como está?
- É realmente uma bela noite, senhorita. Não diria que estou excelente, mas me encontro bem – respondeu ele educadamente para depois dizer: - Me dê o seu braço e não olhe para mim de jeito nenhum. É uma ordem.
A russa fez o que ele mandou, mas não pôde deixar de estranhar que ele não desejasse tocá-la ou algo do gênero. Os vampiros, segundo ela sabia, eram seres que exalavam luxúria e sensualidade pelos poros ou pelo menos era uma teoria bastante embasada. Pensou seriamente em perguntar quem ele era, mas imaginou ser pouco provável ele contar algo. Achou melhor calar-se embora estranhasse que o vampiro passasse algo levemente pastoso e transparente em seu pulso...
- Não quero te causar dor. Janus me ensinou isso quando finalmente estive em condições de falar com ele.
- Obrigada, senhor – respondeu Tessa querendo parecer indiferente, mas não conseguindo porque estava certa da voz dele lhe ser familiar. E pelo fato que as luvas e o imenso capuz não lhe permitiam vê-lo claramente.
De repente, a cortesã russa sentiu a leve picada. Não doera em razão daquele estranho truque. Sentiu sua vida líquida sendo vagarosamente tirada. E ao mesmo tempo um estranho e inesperado prazer naquele ato, como se não precisasse de mais nada para sentir-se bem. Era como ser tocada, acariciada, beijada, lambida e sugada ao mesmo tempo em um ritmo estranhamente frenético e sensual. Poderia acostumar-se com aquela rotina. Repentinamente, fraquejou. O vampiro que a sugava estava satisfeito...
- Você tem um sangue saudável. E de sabor exótico. Poderia ser minha fornecedora enquanto estou em recuperação, mas acho que isso vai depender da senhora Maldonado.
- O que quer dizer com isso? – Tessa estava incrédula ao ouvir aquilo. Como assim ele estava em recuperação?
- Não importa. Você precisa apenas saber o básico sobre sua tarefa neste caso – respondeu ele sem ser claro.
- Suponho que minha tarefa seja... fornecer alimento a você para que não precise caçar enquanto... está nesse estado – a russa tentava entender aquilo, mas nada lhe vinha à mente.
- Você aprende rápido. Eu gosto – disse ele entoando o que parecia ser um sorriso.
- Você possui algum nome pelo qual eu possa te chamar? – perguntou a cortesã ensaiando uma possível tentativa de amizade com ele. E esperando que ele mordesse a isca.
- Não adianta tentar saber quem sou. Não estou autorizado a dizer. Espero que entenda – respondeu ele para receber de imediato uma resposta dela: - Me chamo Tessa. Estarei esperando você todas as noites, suponho.
- Um nome tão exótico quanto o sangue e a beleza da dona. Acho que nos daremos bem, se você souber seus limites – o vampiro estava pronto para deixar o recinto quando Teresa entrou...
- Estou certa do conhecimento dela, pois imagino que você a informou. Espero que ela não tenha causado incômodos.
- Tessa foi uma boa menina. Eu poderia torná-la minha fornecedora, se a senhora permitir. Duvido que algum outro vampiro vá tratá-la tão bem como a tratei – ele parecia sorrir debaixo do imenso capuz.
- As outras meninas nunca reclamaram, pelo menos não na minha frente – a cafetina parecia agora menos incomodada. E aquela estranha sensação de familiaridade voltava à cabeça da russa. De repente se viu sendo atendida pela dona do bordel. Passando em seu pulso o que parecia uma pomada azul viscosa. Em seguida pediu que uma das meninas do andar trouxesse uma bandeja com bastante comida. E mais uma garrafa com líquido cor-de-mel que ficava guardada na despensa.
Minutos depois, a moça solicitada entrou no dormitório com uma seleção completa de comida, incluindo sobremesas e frutas: - Melhor comer bastante, Tessa. A partir de agora, disso vai depender a sua futura saúde.
- Eu imagino. Entretanto, preciso perguntar: ele vem todas as noites? Como ficam... os outros clientes? – a cortesã não sabia o que sucederia agora estando no último andar.
- Sim, Tessa, virei todas as noites. Apenas para me alimentar, então, não tomarei muito de seu tempo, mas, após minha visita, você terá de descansar por algumas horas. Dois litros e meio de sangue não são pouca coisa para um humano, especialmente se você é tão jovem. Suponho que ela mal tem dezenove anos – respondeu o vampiro.
- Você continua, mas passa a marcar uma data e horário para os encontros, já que é impossível ficar plenamente recuperada em pouco tempo após ser sugada por um vampiro – disse Maldonado terminando de medicar o pulso da jovem, indicando-lhe a bandeja para que comesse e surpresa sobre como ele sabia a idade real da jovem.
A cortesã alimentou-se fartamente, pois se descobriu faminta após aquele surreal momento. Logo depois, por indicação da jovem que havia trazido a bandeja, bebeu o líquido cor de mel contido na garrafa. Sentiu-se repentinamente melhor, mas achou melhor deitar-se, pois se via exausta devido ao acontecido e ao nervosismo...
- Passo a dormir neste quarto?
- Mandarei trazer tudo o que é seu para cá amanhã. Quanto aos seus outros clientes, cuidarei. Sei o que fazer quanto a isso – disse Teresa. Tessa perguntou-se se seus clientes subiriam ali para vê-la a partir do dia seguinte, mas, resolveu deixar as perguntas para depois, pois precisava descansar e se acostumar à nova rotina.
Inesperadamente, a cortesã se viu gritando. Olhou para o vampiro que já colocava o pé fora da porta. Lembrava-se de onde conhecia aquela voz. Ela estava mudada, porém, era perfeitamente reconhecível das entrevistas das rádios...
- O Zorzal Criollo. Eu não entendo.
Na verdade, nem mesmo Teresa Maldonado entendia. Muito menos o próprio que assim era apelidado. Ainda era um grande mistério sobre como aquilo havia acontecido. E a resposta estava longe de ser tranquila.


Gostaram? Estão ansiosos por mais? Então espero comentários e opiniões, além de críticas construtivas, :D, :mrgreen: . Até a próxima, Cinecultistas!


Personagem histórico: Só o apelido já entrega, :mrgreen: .

Personagens não-históricos:

Tessarossa (Tessa) (Imagem) - Uma bela prostituta de luxo. Russa, fugiu com os pais do complicado governo soviético quando tinha doze anos. Perdeu os pais aos dezessete e vendo-se em dificuldades sérias após sair de um emprego como cozinheira em um restaurante em razão do assédio do filho do dono, acabou indo para a casa de Teresa Maldonado, onde foi treinada para ser uma acompanhante de alto luxo. Acabou se tornando uma das mais requisitadas da casa e após um ano de serviços, foi promovida ao terceiro andar, onde apenas vampiros frequentam embora alguns clientes humanos das jovens acabem indo para encontrá-las. Acaba criando grande amizade com seu "mordedor" e isso tomará um complicado rumo quando Mariano Amenábar ficar próximo da verdade sobre o vampiro.

Teresa Maldonado (Imagem) - Uma bruxa bastante poderosa, nascida na Venezuela em data desconhecida, mas presume-se que ela tenha sessenta anos ou até mesmo esteja passando dos setenta. Foi uma conhecida e consagrada cortesã até estar "velha demais" para a profissão, quando assumiu o comando da casa onde trabalhou, batizando-a como "Media Luna" em homenagem à sua falecida patroa Germana, uma excelente doceira. Conseguiu tornar o bordel um dos mais bem frequentados da cidade e é muito considerada pelos pobres por conta da ajuda prestada a eles. Tem Tessa em alta conta e a defende quando é preciso. Acaba sendo responsável por guardar o complicado segredo do ancestral Janus e constantemente precisa lidar com os problemas causados no bordel por vampiros novatos.


Lista atualizada (Para os navegantes do fórum se situarem na antologia):
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Especial de Natal: viewtopic.php?f=53&t=10741&start=0" onclick="window.open(this.href);return false;
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Especial Ano Novo: viewtopic.php?f=53&t=10871" onclick="window.open(this.href);return false;
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Re: De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Mensagem por fromking »

Além de cortesã, alimento de vampiro.
Oh dia, oh vida (nada fácil).
:D
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Re: De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Mensagem por Lady Carmilla DWFan »

:D, essa amizade vai render MUITO ainda, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
E óbvio, dentro em breve começarei a postar os minicontos da série "As meninas de Dona Teresa".

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Re: De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Mensagem por Tatuador »

A união perfeita entre o terror e o erotismo. Uma vampira perigosamente sensual. :Y

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Re: De vampiros portenhos e sonhos escabrosos - 17º conto:

Mensagem por Lady Carmilla DWFan »

A Tessa ainda não chegou nesse estágio, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

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