O comediante e ex-apresentador de TV norte-americano Bill Cosby, de 81 anos, recebeu nesta terça-feira, 25, a sua sentença pela acusação de drogar e atacar sexualmente uma mulher em 2004. A Justiça decidiu definir que Cosby é um "predador sexual violento" e, portanto, terá que passar por terapia mensalmente pelo resto da vida e vai precisar se apresentar de tempos em tempos às autoridades.
Além disso, o juiz Steven O'Neill determinou que nome de Bill Cosby ficará registrado numa lista de agressores sexuais que é enviada a vizinhanças, escolas e vítimas. O comediante ainda encara a possibilidade de passar até 10 anos preso pelo crime.
Cosby, que já havia sido condenado em abril, ouviu sua sentença num juizado no condado de Montgomery, na Pensilvânia, onde o caso foi julgado. Esta é a primeira condenação de uma celebridade na era do movimento #MeToo, contra assédio sexual em Hollywood.
Os promotores haviam pedido à justiça, na segunda-feira, uma pena de 10 anos de prisão para o comediante. Os advogados de defesa pediram a prisão domiciliar, sob a alegação de que Cosby está muito velho e precisa de ajuda por conta da idade e por estar parcialmente cego.
De acordo com a agência de notícias AP, Bill Cosby sorria e fazia piadas com seu porta-voz durante a audiência. Na sessão da segunda-feira, ele riu algumas vezes quando um psicólogo em depoimento o retratou como um predador sexual.
Cosby enfrenta as acusações por ter violentado a administradora Andrea Constand em sua residência, nos arredores da Filadélfia, em 2004. Constand fez sua primeira acusação contra o comediante em 2005 e, desde então, mais de 60 mulheres afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio por parte de Cosby. Esta é, no entanto, a primeira vez em que um caso foi à justiça e Cosby condenado.
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Lá preso mesmo tendo idade avançada, em alguns lugares com mais de 40 estupros e já tendo fugindo para outro país, solto em prisão domiciliar.
Civilização
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Re: Civilização
Justiça americana condena José Maria Marin a quatro anos de prisão
Além disso, cartola tem US$ 3,35 milhões confiscados e terá que pagar multa de US$ 1,2 milhão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF. Durante o julgamento, ele chorou
A juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, no Distrito Leste de Nova York, condenou José Maria Marin, de 86 anos, a quatro anos de prisão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF, entre 2012 e 2015.
Além disso, Marin teve US$ 3,35 milhões (R$ 13,6 milhões) imediatamente confiscados e vai ter que pagar multa de US$ 1,2 milhão (R$ 4,9 milhões). No dia 20 de novembro, haverá outra audiência para discutir o valor que ele terá de restituir à Fifa e à Conmebol. A partir desta data, o cartola brasileiro terá duas semanas para recorrer da decisão.
A defesa de José Maria Marin declarou, logo após a sentença, que vai fazer a apelação. Ela acredita ainda que vai reduzir 13 meses da pena pelo tempo em que ele já ficou preso e mais sete meses por bom comportamento. Ou seja, os advogados esperam que o ex-presidente da CBF cumpra mais 28 meses de prisão (dois anos e quatro meses).
- Tendo em vista a redução de bom comportamento que, na prática, significa sete meses e tirando o tempo que ele já cumpriu na Suíça e aqui (nos EUA), ele terá que cumprir teoricamente mais 28 meses - explicou Julio Barbosa, um dos advogados.
A decisão da juíza Pamela Chen contraria o memorando de sentença enviado à Corte pela Procuradoria do Ministério Público dos Estados Unidos, que pedia não menos que 10 anos de prisão.
A juíza abriu o julgamento sugerindo sete anos de prisão. A defesa do ex-presidente da CBF usou como argumento principalmente a idade do réu, lembrando que a média de idade dos prisioneiros nos Estados Unidos é de 36 anos - Marin tem 86.
osé Maria Marin, então, foi chamado para dar sua palavra. Foi a primeira vez que ele falou sobre o caso desde que as investigações começaram. Em seu depoimento, citou principalmente a esposa, Neusa Marin, de 79 anos. E chorou copiosamente.
- Jesus carregou uma cruz. Eu carrego duas, a minha e a da minha mulher - declarou ele, antes de ir às lágrimas.
A reação de Marin fugiu do script do julgamento. Em determinado momento, sequer o tradutor que estava ao seu lado conseguiu acompanhá-lo. É por isso que a juíza se viu obrigada a conceder um intervalo de 10 minutos. Logo depois, a sessão foi retomada.
Outro tecla batida pela defesa de Marin foi a mudança de prisão. Ele está atualmente preso na penitenciária MDC no Brooklyn, famosa pelas más condições dadas aos prisioneiros. O pedido é para que ele fosse transferido para o Centro Correcional do Vale do Moshannon Valley CI, uma prisão federal para homens localizada em Philipsburg, na Pensilvânia. Embora não tenha o poder de mudá-lo de local, a juíza não mostrou objeção quanto à súplica.
A juíza Pamela Chen, por fim, emitiu suas considerações finais rebatendo todos os pontos da defesa, exceto o da idade do réu - ela reconheceu que Marin é um senhor de idade e que, portanto, não pode ser tratado como um prisioneiro comum. No entanto, disse não acreditar nas justificativas de que o brasileiro não sabia dos crimes que estava cometendo e afirmou que ele tinha, sim, consciência de que "coordenava um sistema de corrupção".
https://globoesporte.globo.com/futebol/ ... isao.ghtml" onclick="window.open(this.href);return false;
Marin foi vice de Maluf...voltando lá preso por corrupção...em outros lugares prisão domiciliar por causa da idade avançada.
Além disso, cartola tem US$ 3,35 milhões confiscados e terá que pagar multa de US$ 1,2 milhão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF. Durante o julgamento, ele chorou
A juíza Pamela Chen, da Corte Federal do Brooklyn, no Distrito Leste de Nova York, condenou José Maria Marin, de 86 anos, a quatro anos de prisão pelos crimes cometidos na época em que foi presidente da CBF, entre 2012 e 2015.
Além disso, Marin teve US$ 3,35 milhões (R$ 13,6 milhões) imediatamente confiscados e vai ter que pagar multa de US$ 1,2 milhão (R$ 4,9 milhões). No dia 20 de novembro, haverá outra audiência para discutir o valor que ele terá de restituir à Fifa e à Conmebol. A partir desta data, o cartola brasileiro terá duas semanas para recorrer da decisão.
A defesa de José Maria Marin declarou, logo após a sentença, que vai fazer a apelação. Ela acredita ainda que vai reduzir 13 meses da pena pelo tempo em que ele já ficou preso e mais sete meses por bom comportamento. Ou seja, os advogados esperam que o ex-presidente da CBF cumpra mais 28 meses de prisão (dois anos e quatro meses).
- Tendo em vista a redução de bom comportamento que, na prática, significa sete meses e tirando o tempo que ele já cumpriu na Suíça e aqui (nos EUA), ele terá que cumprir teoricamente mais 28 meses - explicou Julio Barbosa, um dos advogados.
A decisão da juíza Pamela Chen contraria o memorando de sentença enviado à Corte pela Procuradoria do Ministério Público dos Estados Unidos, que pedia não menos que 10 anos de prisão.
A juíza abriu o julgamento sugerindo sete anos de prisão. A defesa do ex-presidente da CBF usou como argumento principalmente a idade do réu, lembrando que a média de idade dos prisioneiros nos Estados Unidos é de 36 anos - Marin tem 86.
osé Maria Marin, então, foi chamado para dar sua palavra. Foi a primeira vez que ele falou sobre o caso desde que as investigações começaram. Em seu depoimento, citou principalmente a esposa, Neusa Marin, de 79 anos. E chorou copiosamente.
- Jesus carregou uma cruz. Eu carrego duas, a minha e a da minha mulher - declarou ele, antes de ir às lágrimas.
A reação de Marin fugiu do script do julgamento. Em determinado momento, sequer o tradutor que estava ao seu lado conseguiu acompanhá-lo. É por isso que a juíza se viu obrigada a conceder um intervalo de 10 minutos. Logo depois, a sessão foi retomada.
Outro tecla batida pela defesa de Marin foi a mudança de prisão. Ele está atualmente preso na penitenciária MDC no Brooklyn, famosa pelas más condições dadas aos prisioneiros. O pedido é para que ele fosse transferido para o Centro Correcional do Vale do Moshannon Valley CI, uma prisão federal para homens localizada em Philipsburg, na Pensilvânia. Embora não tenha o poder de mudá-lo de local, a juíza não mostrou objeção quanto à súplica.
A juíza Pamela Chen, por fim, emitiu suas considerações finais rebatendo todos os pontos da defesa, exceto o da idade do réu - ela reconheceu que Marin é um senhor de idade e que, portanto, não pode ser tratado como um prisioneiro comum. No entanto, disse não acreditar nas justificativas de que o brasileiro não sabia dos crimes que estava cometendo e afirmou que ele tinha, sim, consciência de que "coordenava um sistema de corrupção".
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Marin foi vice de Maluf...voltando lá preso por corrupção...em outros lugares prisão domiciliar por causa da idade avançada.
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Re: Civilização
Escândalo de corrupção que domina manchetes na Suécia teve 'desvio' de R$ 3,8 mil
Político usou indevidamente milhas acumuladas em cartão corporativo - para pagar passagens de trem pessoais, amendoins e refeição; órgão anticorrupção do país diz que não deve haver distinção entre pequena e grande corrupção.
Enquanto no Brasil o esquema de corrupção descoberto na Operação Lava Jato pode ter gerado mais de R$ 40 bilhões de prejuízo aos cofres públicos, na Suécia o escândalo que domina as manchetes dos jornais é bem mais modesto.
O deputado Tomas Tobé usou, em benefício próprio, as milhas acumuladas no cartão que o Estado fornece a parlamentares para uso gratuito de trens e transportes públicos no país.
Secretário-executivo do Partido Moderado (conservador), Tobé usou os pontos de seu cartão para pagar um pacote de amendoins, uma refeição, vinho e água, além de oito bilhetes de trem para viagens de caráter pessoal. O valor total da imprudência: 10.865 coroas suecas (cerca de R$ 3,8 mil).
No entanto, ele violou um princípio do Manual de Viagens dos Parlamentares suecos, que dita as regras a serem cumpridas pelos deputados. Diz o parágrafo 44: "Um parlamentar não pode usar em benefício próprio os pontos de milhagem acumulados em viagens feitas a serviço, em avião ou trem".
Os pontos devem ser utilizados para baratear os custos com viagens a serviço do próprio parlamentar ou de algum outro deputado do Parlamento.
A insensatez de Tobé pode parecer, comparativamente, uma infração menor. Mas na visão da Agência Nacional Anticorrupção da Suécia, não deve haver distinção entre pequena e grande corrupção.
"Especialmente quando se trata de políticos e autoridades públicas, não importa se o crime é grande ou pequeno. Iremos sempre investigar e, desde que tenhamos as evidências necessárias, processar o responsável em nome do interesse público", disse Kim Andrews, promotor-chefe da agência sueca, em entrevista à BBC Brasil.
"Porque é essencial, em uma sociedade, manter a confiança da população nos representantes que tomam decisões em nome dos interesses dos contribuintes. Trata-se, em última análise, de proteger o interesse público e a democracia."
Benefício próprio
O caso de Tobé já está sob investigação dos promotores da agência - apesar de o deputado ter se apressado em corrigir o deslize e devolver o dinheiro. "É crime usar dinheiro que nao é seu. Portanto, em princípio o deputado cometeu um crime", afirmou o promotor-chefe.
Mais importante do que a dimensão dos escândalos políticos, é preciso atentar para a questão moral de qualquer ato impróprio, de acordo com Andrés Puntigliano, diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Estocolmo.
"É claro que existe uma grande diferença, por exemplo, entre o caso do deputado Tobé e o escândalo de corrupção da construtora Odebrecht e suas ligações com políticos do Brasil, em que milhões teriam sido desviados", ele observa.
"Mas é preciso destacar a gravidade do problema moral representado por casos como o de Tobé, em que o dinheiro público, ainda que em menor escala, é usado em benefício próprio pelos políticos."
Pressão da imprensa
Um arrependido Tomas Tobé pediu desculpas públicas por seu ato, ao enfrentar a fúria da mídia em uma entrevista no Parlamento sueco. O "pinga-fogo" foi reproduzido pelo jornal Dagens Nyheter:
Repórter: "Você não tinha conhecimento das regras?" (na Suécia, políticos são tratados como "você")
Tomas Tobé: "Eu deveria ter tido um controle melhor sobre o uso dos pontos de milhagem, uma vez que eu os acumulei através de viagens de trem a serviço. É totalmente errado usar esses pontos em benefício próprio, da forma como usei."
Repórter: "Mas você não sabia das regras?"
Tomas Tobé: "Claramente, eu não sabia bem o suficiente. Por isto, estou corrigindo meu erro."
Repórter: "Você chegou a comprar produtos com os pontos de milhagem?"
Tomas Tobé: "Durante uma viagem de trem, usei os pontos para pagar uma refeição, vinho e água. Acabo de informar a administração do Parlamento sobre isso, e eles vão descontar do meu próximo salário o valor dos gastos."
Repórter: "Você acha que tem condições de permanecer no cargo de secretário-executivo do partido?"
Tomas Tobé: "Sim."
Repórter: "E por quê você tem tanta certeza de que sim?"
Tomas Tobé: "Esta é a minha proposta. Estou corrigindo meu erro. Garanto que isso nunca mais vai acontecer. Peço desculpas por ter feito o que fiz."
A líder do Partido Moderado, Anna Kinberg Batra, deu um puxão de orelhas público no deputado: "Foi um ato impróprio, pois regras existem para serem cumpridas. Thomas Tobé deve, portanto, corrigir este erro. E assumir sua responsabilidade para que isto não se repita."
A revelação sobre o deslize de Tobé foi feita pelo jornal Expressen, que no início do mês procurou o deputado a fim de colher informações sobre o uso da milhagem feito em 2016.
Ato contínuo, o parlamentar começou a enviar informações sobre o uso dos pontos do cartão para o setor de administração do Parlamento, a fim de retificar o erro e devolver o valor correspondente aos gastos.
Longo processo
"A Suécia tem políticas extremamente rígidas de controle da corrupção, e o caso do deputado Tobé é um bom exemplo disso", diz Andrés Puntigliano, que destaca também a ocorrência ocasional de casos mais robustos de corrupção no país.
Na sua interpretação, são relativamente falhas as correlações que em geral associam baixos índices de corrupção ao alto grau de desenvolvimento de uma democracia.
"Também existem democracias desenvolvidas com graves problemas de corrupção. Exemplos disso são a Itália e a França, onde foi revelado recentemente que (o candidato presidencial e ex-premiê francês) François Fillon empregou a própria mulher como assessora-fantasma", relata.
Nomeada para o gabinete do marido na época em que ele era deputado, Penelope Fillon teria acumulado rendimentos de aproximadamente 500 mil euros (cerca de R$ 1,6 milhão) entre 1998 e 2012.
Por outro lado, observa o professor, também é uma generalização errônea caracterizar a corrupção como um problema típico de países latinos.
"Na própria América Latina, as experiências são bastante distintas. De um lado há o Brasil, com seus grandes escândalos, mas podemos citar o Uruguai como exemplo de democracia com baixos índices de corrupção em comparação com outros países, assim como o Chile", destaca ele.
E qual é o caminho para a construção de democracias menos corruptas, em que o fato de um deputado se aproveitar da milhagem do trem seja considerado um grande escândalo?
Para Puntigliano, a transparência dos atos oficiais é uma ferramenta-chave para controlar os excessos do poder. Mas ela deve estar associada a um elemento essencial: a educação da população.
"Não é possível atingir um nível de baixa corrupção em um país, como a Suécia, apenas pla implementação de leis e regras. É necessário, acima de tudo, um longo processo de educação de uma sociedade e de seus políticos, em termos do respeito que se deve ter ao uso do dinheiro público."
"Em outras palavras, a integridade de uma sociedade começa a ser construída nas escolas", afirma.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/esca ... -mil.ghtml" onclick="window.open(this.href);return false;
Lá pede-se desculpas, em outros locais persegue-se quem combate a corrupção.
Político usou indevidamente milhas acumuladas em cartão corporativo - para pagar passagens de trem pessoais, amendoins e refeição; órgão anticorrupção do país diz que não deve haver distinção entre pequena e grande corrupção.
Enquanto no Brasil o esquema de corrupção descoberto na Operação Lava Jato pode ter gerado mais de R$ 40 bilhões de prejuízo aos cofres públicos, na Suécia o escândalo que domina as manchetes dos jornais é bem mais modesto.
O deputado Tomas Tobé usou, em benefício próprio, as milhas acumuladas no cartão que o Estado fornece a parlamentares para uso gratuito de trens e transportes públicos no país.
Secretário-executivo do Partido Moderado (conservador), Tobé usou os pontos de seu cartão para pagar um pacote de amendoins, uma refeição, vinho e água, além de oito bilhetes de trem para viagens de caráter pessoal. O valor total da imprudência: 10.865 coroas suecas (cerca de R$ 3,8 mil).
No entanto, ele violou um princípio do Manual de Viagens dos Parlamentares suecos, que dita as regras a serem cumpridas pelos deputados. Diz o parágrafo 44: "Um parlamentar não pode usar em benefício próprio os pontos de milhagem acumulados em viagens feitas a serviço, em avião ou trem".
Os pontos devem ser utilizados para baratear os custos com viagens a serviço do próprio parlamentar ou de algum outro deputado do Parlamento.
A insensatez de Tobé pode parecer, comparativamente, uma infração menor. Mas na visão da Agência Nacional Anticorrupção da Suécia, não deve haver distinção entre pequena e grande corrupção.
"Especialmente quando se trata de políticos e autoridades públicas, não importa se o crime é grande ou pequeno. Iremos sempre investigar e, desde que tenhamos as evidências necessárias, processar o responsável em nome do interesse público", disse Kim Andrews, promotor-chefe da agência sueca, em entrevista à BBC Brasil.
"Porque é essencial, em uma sociedade, manter a confiança da população nos representantes que tomam decisões em nome dos interesses dos contribuintes. Trata-se, em última análise, de proteger o interesse público e a democracia."
Benefício próprio
O caso de Tobé já está sob investigação dos promotores da agência - apesar de o deputado ter se apressado em corrigir o deslize e devolver o dinheiro. "É crime usar dinheiro que nao é seu. Portanto, em princípio o deputado cometeu um crime", afirmou o promotor-chefe.
Mais importante do que a dimensão dos escândalos políticos, é preciso atentar para a questão moral de qualquer ato impróprio, de acordo com Andrés Puntigliano, diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Estocolmo.
"É claro que existe uma grande diferença, por exemplo, entre o caso do deputado Tobé e o escândalo de corrupção da construtora Odebrecht e suas ligações com políticos do Brasil, em que milhões teriam sido desviados", ele observa.
"Mas é preciso destacar a gravidade do problema moral representado por casos como o de Tobé, em que o dinheiro público, ainda que em menor escala, é usado em benefício próprio pelos políticos."
Pressão da imprensa
Um arrependido Tomas Tobé pediu desculpas públicas por seu ato, ao enfrentar a fúria da mídia em uma entrevista no Parlamento sueco. O "pinga-fogo" foi reproduzido pelo jornal Dagens Nyheter:
Repórter: "Você não tinha conhecimento das regras?" (na Suécia, políticos são tratados como "você")
Tomas Tobé: "Eu deveria ter tido um controle melhor sobre o uso dos pontos de milhagem, uma vez que eu os acumulei através de viagens de trem a serviço. É totalmente errado usar esses pontos em benefício próprio, da forma como usei."
Repórter: "Mas você não sabia das regras?"
Tomas Tobé: "Claramente, eu não sabia bem o suficiente. Por isto, estou corrigindo meu erro."
Repórter: "Você chegou a comprar produtos com os pontos de milhagem?"
Tomas Tobé: "Durante uma viagem de trem, usei os pontos para pagar uma refeição, vinho e água. Acabo de informar a administração do Parlamento sobre isso, e eles vão descontar do meu próximo salário o valor dos gastos."
Repórter: "Você acha que tem condições de permanecer no cargo de secretário-executivo do partido?"
Tomas Tobé: "Sim."
Repórter: "E por quê você tem tanta certeza de que sim?"
Tomas Tobé: "Esta é a minha proposta. Estou corrigindo meu erro. Garanto que isso nunca mais vai acontecer. Peço desculpas por ter feito o que fiz."
A líder do Partido Moderado, Anna Kinberg Batra, deu um puxão de orelhas público no deputado: "Foi um ato impróprio, pois regras existem para serem cumpridas. Thomas Tobé deve, portanto, corrigir este erro. E assumir sua responsabilidade para que isto não se repita."
A revelação sobre o deslize de Tobé foi feita pelo jornal Expressen, que no início do mês procurou o deputado a fim de colher informações sobre o uso da milhagem feito em 2016.
Ato contínuo, o parlamentar começou a enviar informações sobre o uso dos pontos do cartão para o setor de administração do Parlamento, a fim de retificar o erro e devolver o valor correspondente aos gastos.
Longo processo
"A Suécia tem políticas extremamente rígidas de controle da corrupção, e o caso do deputado Tobé é um bom exemplo disso", diz Andrés Puntigliano, que destaca também a ocorrência ocasional de casos mais robustos de corrupção no país.
Na sua interpretação, são relativamente falhas as correlações que em geral associam baixos índices de corrupção ao alto grau de desenvolvimento de uma democracia.
"Também existem democracias desenvolvidas com graves problemas de corrupção. Exemplos disso são a Itália e a França, onde foi revelado recentemente que (o candidato presidencial e ex-premiê francês) François Fillon empregou a própria mulher como assessora-fantasma", relata.
Nomeada para o gabinete do marido na época em que ele era deputado, Penelope Fillon teria acumulado rendimentos de aproximadamente 500 mil euros (cerca de R$ 1,6 milhão) entre 1998 e 2012.
Por outro lado, observa o professor, também é uma generalização errônea caracterizar a corrupção como um problema típico de países latinos.
"Na própria América Latina, as experiências são bastante distintas. De um lado há o Brasil, com seus grandes escândalos, mas podemos citar o Uruguai como exemplo de democracia com baixos índices de corrupção em comparação com outros países, assim como o Chile", destaca ele.
E qual é o caminho para a construção de democracias menos corruptas, em que o fato de um deputado se aproveitar da milhagem do trem seja considerado um grande escândalo?
Para Puntigliano, a transparência dos atos oficiais é uma ferramenta-chave para controlar os excessos do poder. Mas ela deve estar associada a um elemento essencial: a educação da população.
"Não é possível atingir um nível de baixa corrupção em um país, como a Suécia, apenas pla implementação de leis e regras. É necessário, acima de tudo, um longo processo de educação de uma sociedade e de seus políticos, em termos do respeito que se deve ter ao uso do dinheiro público."
"Em outras palavras, a integridade de uma sociedade começa a ser construída nas escolas", afirma.
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Lá pede-se desculpas, em outros locais persegue-se quem combate a corrupção.
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Re: Civilização
Não foram eleitos:
Antônio Imbassahy, (PSDB-BA), Pauderney Avelino (DEM- Amazonas) e José Carlos Aleluia (DEM- Bahia), Jovair Arantes (alvo da Registro Espúrio), Demóstenes Torres , Heráclito Fortes, Fernando James, filho de Fernando Collor, Nelson Marquezelli,José Aníbal, Carlos Gabas, Marcelo Crivella Filho, Beto Mansur, Ângela Portela, Antonio Carlos Valadares, Ataídes Oliveira, Benedito de Lira, Cássio Cunha Lima, Cristovam Buarque, Edison Lobão, Eduardo Lopes, Eunício Oliveira, Flexa Ribeiro, Garibaldi Alves Filho, Jorge Viana, Lindbergh Farias, Lúcia Vânia, Magno Malta, Paulo Bauer, Ricardo Ferraço, Roberto Requião, Romero Jucá, Valdir Raupp, Vanessa Grazziotin, Vicentinho Alves, Waldemir Moka e Wilder Morais., Beto Richa (PSDB-PR); Marconi Perillo (PSDB-GO); Delcidio do Amaral (PTC-MS); Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do presidiário Sergio Cabral; Daniele Cunha (MDB-RJ), filha do presidiário Eduardo Cunha; Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-presidiário Roberto Jefferson; Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do presidiário Geddel Vieira Lima; Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do preso domiciliar Jorge Picciani; Dilma Rousseff (PT-MG); Fernando Pimentel (PT-MG); Roseana Sarney (MDB-MA); Sarney Filho (MDB-MA); André Moura (PSC-SE); Leo de Brito (PT-AC);Sibá Machado (PT-AC); Waldir Maranhão e Wadih Damous (PT-RJ).
lista ainda tem mais...
Antônio Imbassahy, (PSDB-BA), Pauderney Avelino (DEM- Amazonas) e José Carlos Aleluia (DEM- Bahia), Jovair Arantes (alvo da Registro Espúrio), Demóstenes Torres , Heráclito Fortes, Fernando James, filho de Fernando Collor, Nelson Marquezelli,José Aníbal, Carlos Gabas, Marcelo Crivella Filho, Beto Mansur, Ângela Portela, Antonio Carlos Valadares, Ataídes Oliveira, Benedito de Lira, Cássio Cunha Lima, Cristovam Buarque, Edison Lobão, Eduardo Lopes, Eunício Oliveira, Flexa Ribeiro, Garibaldi Alves Filho, Jorge Viana, Lindbergh Farias, Lúcia Vânia, Magno Malta, Paulo Bauer, Ricardo Ferraço, Roberto Requião, Romero Jucá, Valdir Raupp, Vanessa Grazziotin, Vicentinho Alves, Waldemir Moka e Wilder Morais., Beto Richa (PSDB-PR); Marconi Perillo (PSDB-GO); Delcidio do Amaral (PTC-MS); Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do presidiário Sergio Cabral; Daniele Cunha (MDB-RJ), filha do presidiário Eduardo Cunha; Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-presidiário Roberto Jefferson; Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do presidiário Geddel Vieira Lima; Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do preso domiciliar Jorge Picciani; Dilma Rousseff (PT-MG); Fernando Pimentel (PT-MG); Roseana Sarney (MDB-MA); Sarney Filho (MDB-MA); André Moura (PSC-SE); Leo de Brito (PT-AC);Sibá Machado (PT-AC); Waldir Maranhão e Wadih Damous (PT-RJ).
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Re: Civilização
Maioria dos ex-ministros de Temer concorrendo nas eleições sai derrotada das urnas
Dentre os 18 ex-ministros do presidente Michel Temer que se candidataram nas eleições de 2018, apenas 6 conseguiram se eleger neste domingo. Onze saíram derrotados; um ainda disputa o segundo turno para governo.
Veja quem foi eleito:
Fernando Coelho Filho (DEM) — eleito deputado federal por Pernambuco;
Marcelo Calero (PPS) — eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro;
Marcos Pereira (PRB) — eleito deputado federal por São Paulo;
Marx Beltrão (PSD) — eleito deputado federal por Alagoas
Osmar Terra (MB) — eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul;
Ricardo Barros (PP) — eleito deputado federal pelo Paraná;
Veja quem saiu derrotado:
Antonio Imbassahy — candidato a deputado federal pela Bahia;
Bruno Araújo — candidato a senador por Pernambuco;
Henrique Meirelles — candidato a presidente;
Leonardo Picciani — candidato a deputado federal pelo Rio de janeiro;
Mendonça Filho — candidato a senador por Pernambuco;
Osmar Serraglio — candidato a deputado federal pelo Paraná;
Maurício Quintella — candidato a senador por Alagoas;
Roberto Freire — candidato a deputado federal por São Paulo;
Romero Jucá — candidato a senador por Roraima;
Ronaldo Nogueira — candidato a deputado federal pelo Rio Grande do Sul;
Sarney Filho — candidato a senador pelo Maranhão;
Nenhum dos ex-ministros que foram candidatos ao Senado conseguiu se eleger.
Helder Barbalho, que foi ministro da Integração Nacional de Temer até abril deste ano, é candidato ao governo do Pará e foi para o segundo turno contra Márcio Miranda (DEM).
Nomeada por Temer para o ministério do Trabalho, Cristiane Brasil teve a posse barrada pela Justiça e por isso não consta da lista oficial dos ministros de Temer. Ela era candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro e também não foi eleita.
Dentre os 18 ex-ministros do presidente Michel Temer que se candidataram nas eleições de 2018, apenas 6 conseguiram se eleger neste domingo. Onze saíram derrotados; um ainda disputa o segundo turno para governo.
Veja quem foi eleito:
Fernando Coelho Filho (DEM) — eleito deputado federal por Pernambuco;
Marcelo Calero (PPS) — eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro;
Marcos Pereira (PRB) — eleito deputado federal por São Paulo;
Marx Beltrão (PSD) — eleito deputado federal por Alagoas
Osmar Terra (MB) — eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul;
Ricardo Barros (PP) — eleito deputado federal pelo Paraná;
Veja quem saiu derrotado:
Antonio Imbassahy — candidato a deputado federal pela Bahia;
Bruno Araújo — candidato a senador por Pernambuco;
Henrique Meirelles — candidato a presidente;
Leonardo Picciani — candidato a deputado federal pelo Rio de janeiro;
Mendonça Filho — candidato a senador por Pernambuco;
Osmar Serraglio — candidato a deputado federal pelo Paraná;
Maurício Quintella — candidato a senador por Alagoas;
Roberto Freire — candidato a deputado federal por São Paulo;
Romero Jucá — candidato a senador por Roraima;
Ronaldo Nogueira — candidato a deputado federal pelo Rio Grande do Sul;
Sarney Filho — candidato a senador pelo Maranhão;
Nenhum dos ex-ministros que foram candidatos ao Senado conseguiu se eleger.
Helder Barbalho, que foi ministro da Integração Nacional de Temer até abril deste ano, é candidato ao governo do Pará e foi para o segundo turno contra Márcio Miranda (DEM).
Nomeada por Temer para o ministério do Trabalho, Cristiane Brasil teve a posse barrada pela Justiça e por isso não consta da lista oficial dos ministros de Temer. Ela era candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro e também não foi eleita.
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Re: Civilização
A confissão do terrorista Cesar Battisti foi feita no último fim de semana, na penitenciária da Sardenha onde ele cumpre pena de prisão perpétua.
“Battisti admitiu ter participado diretamente de quatro homicídios, sendo que foi o executor material em dois deles”, disse Francesco Greco, chefe do Ministério Público de Milão.
https://www.oantagonista.com/mundo/conf ... -battisti/" onclick="window.open(this.href);return false;
Lembrando: Em um Estado de direito criminosos são presos e não protegidos.
“Battisti admitiu ter participado diretamente de quatro homicídios, sendo que foi o executor material em dois deles”, disse Francesco Greco, chefe do Ministério Público de Milão.
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Lembrando: Em um Estado de direito criminosos são presos e não protegidos.
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Re: Civilização
Talvez Battisti ainda possa ganhar um filme no Brasil, igual o Marighella.