O caso dos sem abrigo, aqui no Brasil mais conhecidos como
população de rua, é de complexidade muita alta para que se
alcance uma solução.
A população de rua, pelo menos aqui no Brasil, é formada a
partir de diversos aspectos.
Temos os migrantes, que partem de suas cidades para os
maiores centros do país, à procura de vida melhor e que ao
lá chegar, nada conseguem e partem para a mendicância.
Solução drástica: devolve-los à cidade de origem.
Temos os originários das próprias cidades, que não tiveram
como se qualificar profissionalmente, logo não arranjam um
emprego e partem para a mendicância.
Solução drástica: coloca-los em abrigos públicos.
Temos os drogados, que por nada se interessam além de
ficarem perambulando pelas ruas atrás de uns trocados que
lhes traga a possibilidade de comprar mais drogas, inclusive
assaltando se necessário.
Solução drástica: coloca-los compulsoriamente em clínicas de
tratamento.
Na verdade, as soluções drásticas que indiquei, não virão a
resolver nada, apenas irá esconder dos turistas as mazelas
da sociedade.
A real solução é a aplicação de verdadeiros projetos sociais,
que necessariamente teria ponto de partida em uma educação
de qualidade a ser oferecida pelo governo.
Mas, isto não me parece ponto de honra do governo atual, que
prefere esconder a má qualidade do ensino público através da
atribuição de cotas para estes e para aqueles.
Um outro projeto necessário seria o da saúde, com parte dele
dedicado ao real combate ao uso das drogas, com campanhas
de esclarecimento, projetos de apoio àqueles que das drogas
querem se afastar, etc,etc.
Mas a saúde aqui no Brasil é coisa de segundo plano.
Hospital público não tem nem esparadrapo.
Agora, criminalizar a pobreza, a mendicância?
Isto é surreal. Nem no pior dos filmes trash imaginaram isto.
Como os europeus partem para isto? Enlouqueceram?