Eva La Rue queria mais amor na vida de Natalia Boa Vista, sua personagem na série CSI: Miami. Para a atriz, alguém deveria ter arrebatado o coração de Natalia, o que não aconteceu na décima temporada. E, pelo visto, não vai mais acontecer, já que, no dia 13 de maio, a CBS anunciou que a série não seria renovada em função de seus altos custos de produção. Mas os brasileiros ainda podem acompanhar a última temporada da série, que mostra o trabalho de investigação criminal de uma equipe em Miami e é exibida pelo canal por assinatura Sony.
"Eu gostei da trajetória da Natalia, mas realmente acho que deveria ter surgido um amor em sua vida, assim como aconteceu com Calleigh (personagem de Emily Procter)", disse Eva em entrevista por telefone a jornalistas brasileiros no dia 9 de maio, antes de saber que a série seria cancelada. "Estou com os dedos cruzados, torcendo para que CSI: Miami seja renovada, porque terminamos o último episódio em um bar. Não me parece um fim justo para uma série tão icônica como essa", comentou a atriz.
Mas o que seria um fim justo, Eva? Ela admite que não sabe. "Pergunta difícil! (risos) Eu acho que todas as séries acabam terminando de forma pior do que as expectativas dos fãs. Quando West Wing, que eu amava, terminou, achei que não terminou da maneira correta. Eu acho que nunca vai parecer o final ideal, porque você amou aquela série por tanto tempo e de repente ela acaba. É como quando acaba um amor. Não tem jeito certo de acabar", compara a atriz, que vivia a detetive Natalia desde 2005.
No entanto, embora torcesse para a renovação da série, Eva aparentemente já desconfiava que isso não aconteceria. "A franquia CSI foi tão bem sucedida por tanto tempo que outras séries tentaram fazer sucesso da mesma maneira. Hoje em dia temos Bones, The Mentalist e outras que se inspiraram em CSI. Então são muitas! É preciso cortar alguma coisa. Como todas essas são mais novas, acho que uma das nossas será cancelada. Mas isso é muito ruim, porque CSI foi pioneira nessa vertente de séries forenses. É muito triste que séries icônicas tenham que acabar para dar lugar a séries mais pop", lamentou, admitindo que não haveria espaço para CSI: Miami e CSI: New York - a segunda acabou sendo renovada para mais uma temporada.
Na entrevista, Eva lamentou também não ter se despedido de seus colegas de elenco. "É muito triste não saber o que vai acontecer, porque nós não nos despedimos uns dos outros no final da temporada e, após dez anos, se o programa não for renovado, nós não vamos ter a chance de dizer um adeus adequado. Essa vai ser a parte mais triste de tudo, eu acho", admitiu. "De uma forma ou de outra, nós crescemos juntos. David (Caruso) teve dois dos seus filhos durante a série, Emily (Procter) teve o seu bebê durante a série. Quando eu comecei, minha filha tinha apenas três anos, hoje ela tem dez", lembra ela, que atualmente gosta de assistir a Game of Thrones e Modern Familiy.
Descendente de portorriquenhos, Eva falou ainda sobre a importância de Eva Longoria para mulheres latinas na televisão americana. "Quando eu entrei na TV, há 20 anos, não havia latinas em papéis importantes. Eram apenas pequenos papéis, como a empregada e a prostituta. Agora temos médicas, advogadas, policiais, detetives, cirurgiãs, modelos. E tudo começou com Eva Longoria em Desperate Housewives. Ela abriu espaço para as mulheres latinas na televisão americana", reflete.
Mas, diante da incerteza acerca da continuidade de CSI: Miami, Eva não ficou sem planos. "Quando eu soube que a CBS tinha renovado 18 séries e a nossa não estava na lista, fui para a rua procurar outro trabalho. Consegui um piloto de uma série com Mandy Moore. Se as duas séries forem ao ar, pretendo trabalhar nas duas. No momento, eu posso ter dois trabalhos, um trabalho ou nenhum trabalho", diverte-se. Pelo jeito, Eva vai ter que apostar no piloto gravado com Mandy Moore. O último episódio de CSI: Miami deve ir ao ar no Brasil no dia 27 de junho no canal por assinatura Sony.
Fonte: Terra
