Relembre alguns dos astros de Hollywood que sumiram do mapa
Enviado: Ter Jul 29, 2014 03:37

Quando um filme recebe o adjetivo bélico "uma bomba" é porque não agradou como se imaginava e, possivelmente, foi um fracasso de bilheteria. E, claro, alguém tem de arcar com essa conta. Muito bem pagos para dar vida a coisa toda, os atores são apontados com frequência como os responsáveis por determinada produção não ter emplacado. Para refrescar a memória, antes que esses "culpados" sumam de vez, o Diário preparou um inventário de alguns astros e futuras promessas de Hollywood que, a cada novo filme, insistem em trilhar um caminho rumo ao esquecimento.
Josh Hartnett
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Joshua Daniel Hartnett começou sua carreira como ator na TV, em 1997. Em meados dos anos 2000, fez teste para contracenar com Denzel Washington em Duelo de Titãs, mas foi reprovado. O sucesso veio com o papel na mega produção Pearl Harbor (2001). Apontado como uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo, na lista da revista People, o ator encarou a comédia romântica 40 Dias e 40 Noites (2002).
Depois disso, nem mesmo os cachês milionários oferecidos para viver Superman, Homem-Aranha e Batman na telona, fizeram com que o ator saísse de casa. As recusas causaram brigas entre seus agentes e seu empresário, que não conseguiram mais trabalhar juntos. A partir daí, Harnett passou a atuar em papeis secundários em filme como Sin City: A Cidade do Pecado (2005) e caiu para o segundo escalão da indústria cinematográfica. Em entrevista ao site Toofab, este ano, o ator de 36 anos afirmou: "Eu não queria ser rotulado como o Superman para o resto da minha carreira. Eu tinha uns 22 anos, mas vi o perigo."
Colin Farrell
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Colin Farrell chamou a atenção de Hollywood ao estrelar Tigerland _ A Caminho da Guerra (2000), de Joel Schumacher. Seu trabalho, na pele do soldado Bozz, rendeu o prêmio de Melhor Ator da Sociedade de Críticos de Cinema de Boston. Pouco tempo depois, o ator já havia trabalhado com diretores lendários como Steven Spielberg, em Minority Report: A Nova Lei (2002), e em sucessos como S.W.A.T: Comando Especial (2003). Aos 25 anos, o astro chegou a ser apontado por seu ídolo, Al Pacino, com quem trabalhou no filme O Novato (2003), como o melhor ator de sua geração.
Em 2004, protagonizou o épico Alexandre. O filme sofreu duras críticas e Farrell afirmou que a produção arruinou sua carreira. Nessa época, o galã irlandês sofria com o abuso de álcool e drogas, problema que demorou quase 10 anos para superar e que, segundo ele, quase o deixou sem emprego. A volta por cima veio com a boa atuação em Na Mira do Chefe (2008). Porém, o ator caiu em duas novas armadilhas A Hora do Espanto (2011) e O Vingador do Futuro (2012). Os dois remakes renderam menos que os originais e Farrel teve sua capacidade dramática questionada. No ano passado, o ator de 38 anos apareceu em Walt nos Bastidores de Mary Poppins, protagonizado por Emma Thompson e Tom Hanks.
Chris O'Donnell
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Dos 13 aos 16 anos, Chris O'Donnell atuou como modelo e chegou a fazer comerciais. Aos 17 anos, foi subornado pela mãe, que ofereceu um carro novo se ele participasse de uma audição para o filme Mulher Até o Fim (1990). O ator conseguiu o papel e engatou, na sequência, Tomates Verdes Fritos (1991) e Perfume de Mulher (1992).
Em 1995, venceu a concorrência contra nomes como Christian Bale e voltou à telona como o fiel escudeiro do homem-morcego, em Batman Eternamente. Dois anos depois, encarou o posto novamente em Batman & Robin.
Os dois filmes foram odiados pelos fãs dos quadrinhos, mas O'Donnell sabia muito bem onde estava se metendo. Decepcionado com Hollywood, o ator desabafou publicamente: "Quando eu fiz Batman Eternamente, senti como se estivesse fazendo um filme. Quando fiz Batman & Robin, parecia que estava fazendo um comercial de brinquedo." Foi então que O'Donnell abriu mão do status de grande promessa do cinema para se dedicar à família. Hoje, aos 38 anos e com cinco filhos, o ator pode ser visto na série policial NCIS: Los Angeles.
Cuba Gooding Jr.
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A primeira participação de Cuba Gooding Jr. em um filme foi em Um Príncipe em Nova York (1988). Mas o sucesso em Hollywood veio quando foi escalado para viver um jogador de futebol americano arrogante, em Jerry Maguire (1997), que tinha Tom Cruise como protagonista. O bordão do personagem, "Mostre-me o dinheiro", popularizou-se nos Estados Unidos e Cuba recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante.
Com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, o ator acumulou dezenas de filmes, alternando trabalhos elogiados, como o comovente Meu Nome é Rádio (2003), e comédias de gosto duvidoso como Cruzeiro das Loucas (2002). Após anos de escolhas equivocadas, em 2013, o ator voltou a ser elogiado por sua interpretação em O Mordomo da Casa Branca.
Kevin Costner
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Depois de anos habitando o deserto da irrelevância, Kevin Costner trabalha duro para recuperar o seu devido lugar em Hollywood. Ganhador do Oscar por Dança com Lobos (1990), e estrela de filmes como Os Intocáveis (1987), Robin Hood: Príncipe dos Ladrões (1991) e JFK (1991), ele viu sua carreira afundar, ano após ano.
Sem conseguir repetir o sucesso de trabalhos anteriores, Costner acumulou dezenas de produções irrelevantes artisticamente, que vão do fraco Waterworld _ O Segredo das Águas (1995) ao péssimo O Mensageiro (1997). O filme, orçado em mais de R$ 175 milhões, rendeu menos de R$ 40 milhões nas bilheterias. Após o segundo tropeço consecutivo, o ator amargou a desconfiança dos fãs, até ressuscitar artisticamente com a minissérie para televisão Hatfields & McCoys (2012), exibido no Brasil pelo canal pago Space. Além do enorme sucesso de audiência, o trabalho já rendeu a Costner um Globo de Ouro e um Emmy de melhor ator. Recentemente, ele pôde ser visto no cinema em 3 Dias Para Matar e A Grande Escolha, ambos de 2014.
Nicolas Cage
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Sobrinho do cineasta Francis Ford Copolla, Nicholas Kim Coppola resolveu adotar o nome artístico de Nicolas Cage para, segundo ele, construir sua carreira pelos próprios méritos. Desde seu primeiro filme, em 1981, o ator já trabalhou em mais de 60 produções, acumulando um patrimônio de mais de R$ 330 milhões. Mas a fortuna não foi suficiente para arcar com os processos de ex-esposas e para bancar os gastos excessivos com compra de castelos, carros de luxo e iates.
Desde que ganhou o Oscar de melhor ator pelo trabalho em Despedida em Las Vegas (1996), o astro vem filmando freneticamente e sem critério. De lá para cá, alternou boas parcerias com diretores consagrados. Entre elas, Adaptação (2002), de Spike Jonze, que lhe rendeu uma segunda indicação ao Oscar, com filmes dignos de esquecimento como, Fúria Sob Rodas (2011).
Há cerca de quatro anos, Cage confessou que devia mais de R$ 30 milhões ao governo em impostos. Definitivamente, não há senso crítico que resista a uma dívida dessas, e a tendência é que o astro continue trabalhando exaustivamente, mesmo que isso o transforme em sinônimo de produções B.
Mel Gibson
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Não há duvidas de que Mel Gibson tem papeis memoráveis no currículo. Mas, ao contrário de seus colegas, que viram suas carreiras definhando em função das péssimas escolhas, o ator sofreu mesmo por causa de seu comportamento fora dos set de filmagens. Em 1979, ele estrelou Mad Max, que acabou se tornando um cult movie da ficção científica. Depois vieram trabalhos elogiados em O Homem sem Face (1993) e o ápice da carreira ao dirigir e estrelar o épico Coração Valente (1995). Após ganhar dois Oscar, de melhor filme e direção pela obra, Gibson se firmou de vez no primeiro escalão de Hollywood.
Tempos depois, veio o polêmico A Paixão de Cristo (2004). Apesar de ousado, o filme foi bastante criticado em função das cenas de violência. Dois anos depois, ao mesmo tempo em que Apocalypto chegava as telas de cinema, o astro era flagrado dirigindo embriagado e, para completar, foi acusado de disparar um comentário antissemita contra o guarda que havia o abordado. No dia seguinte, Gibson foi abandonado pela esposa, após 26 anos de casamento. Ainda lutando para reconquistar o respeito dos fãs, em 2010, o astro sofreu um novo golpe: sua ex-namorada, a pianista russa Oksana Grigorieva, o acusou de violência doméstica. Sabendo da difícil missão que seria recuperar a imagem de seu cliente, a agência que representava Gibson rompeu seu contrato. Este ano, o ator volta aos cinemas na franquia Mercenários 3. Ao que parece, para voltar ao topo, Gibson terá de provar que também é uma boa pessoa longe das câmeras.
Eddie Murphy
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Um dos maiores comediantes americanos das últimas três décadas, Eddie Murphy, completou 53 anos em abril passado. Mestre da comédia escrachada e reconhecido pelas caras e bocas, o ator foi, por muito tempo, sinônimo de retorno garantido nos cinemas. Além do inesquecível policial Axel Foley, da franquia Um Tira da Pesada, o comediante nascido no Brooklin, estrelou clássicos dos anos 80 como Um Príncipe em Nova York (1988) e O Professor Aloprado, outra franquia de sucesso. Em 2007, Eddie provou, mais uma vez, o seu valor como ator ao receber o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo bom trabalho em Dreamgirls.
Participando de cerca de três filmes por ano até pouco tempo atrás, hoje, o ator vive uma calmaria na carreira. Optando por emprestar sua voz para animações, seu último sucesso foi justamente no gênero, dublando o burro hiperativo em Shrek Para Sempre (2010). Difícil saber o que aconteceu com o comediante. Talvez ele tenha cansado, após trabalhar em mais de 50 produções ao longo da carreira, ou simplesmente decidiu pisar no freio para se dedicar aos seis filhos. O certo é que se o ator seguir na linha de seu trabalho mais recente, o fraco As Mil Palavras (2012), a tendência é que se aposente com mais erros do que acertos no currículo.
Fonte: ClicRBS