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Uma ação do Ministério da Justiça e da Segurança Pública fechou o que as autoridades brasileiras afirmam ser os dois maiores sites de pirataria de animes do país. Os nomes dos domínios não foram revelados, com os trabalhos também envolvendo uma prisão na cidade de Arapiraca (AL), além do confisco de equipamentos de tecnologia.
A chamada Operação Anime aconteceu entre os dias 8 e 14 de fevereiro e envolveu não apenas a procura por computadores, celulares e outros dispositivos usados na disponibilização dos conteúdos, mas também ações junto a redes sociais e buscadores. A ideia das autoridades era garantir que os materiais não fossem mais indexados em ferramentas de pesquisa, enquanto perfis fossem retirados do ar para que não mais divulgassem os materiais pirateados.
Um universitário de 22 anos, cujo nome não foi divulgado, foi preso no interior do Alagoas como o responsável por uma das páginas fechadas como parte da operação. Um segundo mandado do tipo teria sido realizado em Pompeu (MG), sem a apreensão de suspeitos mas com a obtenção de computadores e HDs que seriam usados na administração dos sites que publicavam os conteúdos.
Enquanto as autoridades não divulgaram os nomes dos sites fechados, apenas afirmando que eles eram os maiores do segmento no Brasil, um domínio do tipo se pronunciou publicamente afirmando ter recebido uma ordem de interrupção das atividades. Enquanto o responsável pelo Better Anime afirma não ter sido o indivíduo preso na Operação Anime, ele indicou ter sido alvo de uma notificação DMCA (Ato de Copyright do Milênio Digital, na sigla em inglês), termo usado pelo governo dos EUA para solicitar a remoção de conteúdo pirata.
A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais em parceria com a Coda (Associação de Distribuição de Conteúdo Internacional, na sigla em inglês), uma entidade que representa os interesses de produtores de conteúdo em licenciamentos para outros países. Trata-se, ainda, de uma ramificação da Operação 404, que desde 2019, combate crimes de pirataria na internet e também a venda ilegal de dispositivos usados para publicar e consumir estes conteúdos.
A polícia também não divulgou o nome do acusado preso na cidade alagoana. Os investigados pela Operação Anime podem ser indiciados por crime de pirataria, com pena de dois a quatro anos de reclusão e multa, além de acusações de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Pelo menos sete sites de anime fecharam as portas nas últimas semanas
Seja devido à pressão das autoridades, o recebimento de notificações judiciais ou extraoficiais ou simples temor de serem os próximos alvos, mais sites brasileiros de disponibilização de anime também fecharam as portas nas últimas semanas. Uma reportagem do site Torrent Freak apontou que pelo menos sete deles também deixaram de operar, passando a exibir mensagens de erro ou avisos de seus administradores sobre o fim das atividades.
Além do BetterAnime, outro domínio chamado Animes Vision também disse ter finalizado seu ciclo de vida por razões de copyright, enquanto o dono do Anbient alegou razões pessoas e profissionais para encerrar as atividades. Já o Animes Online, Animeyabu, Animesbrf, Mangá Livre e Anime Fire passaram a exibir alertas de acesso negado da provedora de serviços CloudFlare.
De acordo com a imprensa internacional, apenas os dois últimos apresentam os requisitos para serem considerados os principais sites do segmento no Brasil, confirme informação das autoridades. Juntos, eles acumulariam mais de 30 milhões de acessos mensais, com mais de 99% desse volume vindo de usuários de nosso país. Nenhum deles, entretanto, confirmou ter sido retirado do ar após solicitação da justiça.
Sites piratas de animes são fechados por autoridades brasileiras
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