Ao longo das últimas gerações de consoles, os jogos passaram por alguns reajustes de preço, motivados tanto pelo reajuste conforme à inflação quanto pelo custo cada vez mais alto para desenvolver jogos de alto orçamento, os famosos AAA, que hoje custam, média, de R$ 300 a R$ 350 no Brasil, e valores ainda mais altos em edições Deluxe ou Premium. Ainda assim, o presidente da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, considera que os preços dos jogos estão "muito baixos".
Enorme aumento no custo para produção de jogos
O presidente do estúdio responsável por franquias como Street Fighter, Resident Evil, Devil May Cry, Monster Hunter e Megaman disse, em entrevista ao site japonês Nikkei (via VGC), que embora os custos de produção dos jogos tenham subido enormemente desde a geração do Super Nintendo, o aumento nos preços cobrados aos jogadores esteve longe de acompanhar esse ritmo.
"Pessoalmente, acho que os preços dos jogos estão muito baixos. Os custos de desenvolvimento são cerca de 100 vezes maiores do que na época do Famicom (NES, ou Nintendinho), mas o preço do software não subiu muito", avaliou Tsujimoto, que falou ainda sobre os custos para a contratação de "profissionais talentosos".
"Também é necessário aumentar os salários para atrair pessoas talentosas. Dado que os salários estão crescendo toda a indústria, acho que a opção de aumentar os preços unitários (dos jogos) é uma forma saudável de negócio."
Embora Tsujimoto defenda o aumento do preço dos jogos, a Capcom não seguiu uma tendência recente no mercado de subir o preço de seus jogos de AAA de US$ 60 para US$ 70. No Brasil, Resident Evil 4 Remake, por exemplo, custa hoje R$ 259,00 no Xbox Series e PlayStation 5, enquanto Street Fighter 6 sai por US$ 279,00 em sua edição padrão nos dois consoles. Já no Steam, ambos os jogos, principais lançamentos da Capcom em 2023, custam hoje R$ 249,00. Contudo, a postura de Tsujimoto sobre o tema indica que esse aumento no preço pode ocorrer também no estúdio japonês em um futuro próximo.
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